Esse acesso é, desde tempos imemoriais, travado ou bloqueado pela busca caótica e incessante do conhecimento exterior, o qual tendo por origem o ego e o racional com os seus pavorosos instrumentos de submissão e tortura − o bem e o mal − submetem o humano ao seu controlo, transformando-o numa espécie de robô comandado por programas e mecanismos aos quais repetidamente obedece e de que raramente tem consciência.
O racional e o ego, não dão tréguas ao “seu? pensamento” e procuram manter o robô sempre activo.
A regra é: − a sabedoria é inversamente proporcional ao conhecimento recebido do exterior − assim, quanto mais “conhecedor”, “pensador”, “palrador” e pleno de si, menos tendência terá a interrogar-se acerca de quem é.
No entanto, é habitual ouvir pessoas afirmar que querem conhecer-se melhor! Talvez lá bem no fundo, nalgum canto recôndito, a sabedoria procure transmitir-lhe um vestígio da sua existência esquecida. O acesso foi inibido, mas a integralidade permanece.
O facto de haver cada vez mais pessoas de todos os cantos do planeta e de todos os estratos sociais que, insatisfeitos com a rotina ou ocupação em que vivem ou vegetam procuram algo diferente, poderá indiciar que essa parte da sua essência acede cada vez mais vezes à sua consciência de homens procurando despertá-los para uma realidade mais consentânea com a condição humana.
Também os jovens e as crianças ainda fortemente ligados a essa parte deles mesmo manifestam incompreensão ou revolta relativamente à actuação dos “adultos”, pois não entendem tais reacções e formas de ver ou viver.
Fonte: Escola Portuguesa de Reiki e Terapias Complementares
Carlos Marques