Terapias Complementares
Japamala
"Japamala¹"
Assim como no catolicismo se usa um rosário para facilitar a contagem das orações, no hinduísmo e no budismo se usa o mala² durante a repetição de Mantras.
O japamala é uma corrente com, geralmente, 108 contas de cristal, sementes, conchas ou outros material; e Mantra é o poder do som, o verbo criador, capaz de condensar energias em torno de quem o usa.
Qualquer palavra ou frase repetida muitas vezes torna-se um Mantra realizador e, quanto mais repetida, mais dessa energia se agrega à palavra. Por exemplo, se pronunciar a palavra AMOR, haverá de sentir uma suave ternura envolver o ambiente. E se pronunciar a palavra VIOLÊNCIA sentirá um mal-estar.
As pessoas que falam com frequência que “tudo é difícil” ou que é “provação”, acumulam ao redor de si energias bloqueadoras que atraem e agregam dificuldades durante todo o tempo. Essas pessoas poderiam usar a repetição da palavra “luz” para dispersar esses bloqueios, ou o Mantra “om namah Sivaya”, que atrai o aspecto destruidor das ilusões e negatividades.
O uso das palavras no quotidiano tem poder de atrair coisas positivas ou negativas para nossa vida. O uso consciente desse poder durante a repetição de Mantras gera realizações muito maiores.
O japamala auxilia na concentração e na contagem da repetição até alcançar o número ideal cabalístico (108) que é outro poder realizador. Além disso, quanto mais ele é usado para recitar Mantras, mais ele se impregna dessas energias e se torna um objecto sagrado protegendo aquele que o usa, pois o seu campo energético influi e altera positivamente o campo magnético do ser ou local onde estiver.
Na Bíblia diz que no princípio era o Verbo e que o Verbo se fez carne. Verbo é som, que é energia, e energia condensada é matéria.
No hinduísmo vemos que esse primeiro som, o verbo original de onde se propagou tudo que existe é o “om”. Esse som é entoado pelos devotos da forma mais alongada que a respiração pode propiciar. O devoto inspira profundamente e, ao expirar, entoa lentamente “OOOoooooooMMMmmmmmmm.....”. Ao produzir esse som, todo o interior da caixa craniana vibra intensamente e sua consciência se eleva.
Cada som tem uma realização específica, por isso os Mantras mais utilizados estão no idioma original, o sânscrito³. Podemos traduzi-los para compreender o que significam mas a energia realizadora não depende da compreensão do que é recitado. A intenção não é raciocinar e, sim, sentir.
A repetição dos Mantras actua justamente no sentido de aquietar a mente e impedir que os pensamentos nos prendam ao universo da forma como o conhecemos, limitado ao que podemos observar através dos sentidos. Com a mente limpa ficamos livres para alcançar e desfrutar da grandeza da criação.
Dos Mantras mais conhecidos, “Hari Om” nos liga ao aspecto curador do Divino, ele remove as consequências das nossas impurezas, gerando saúde, preservando a mente e o corpo.
“Om Tare tuttare ture Svaha” (pronuncia-se svohá ou so-há) é uma invocação à Grande Mãe que nos auxilia incondicionalmente e a qual reconhecemos através de diferentes formas, como: Maria, Kuan Yin, Santa Sara, Yemanjá, etc..
“gate gate paragate parasamgate Boddhi Svaha” cuja tradução é “indo, indo, indo além, indo mais além, alcançando a Luz – Assim Seja!”. Porque muitas vezes parece difícil demais alcançar alguns objectivos, principalmente a Iluminação Espiritual.
Com esse Mantra, conseguimos fazer uma coisa de cada vez, realizar o que é possível a cada dia, simplesmente andar pelo caminho. Assim, vamos indo, indo, indo além e mais adiante e, quando percebemos, já teremos alcançado.
Esse Mantra é a própria utilização do japamala, um Mantra de cada vez, uma conta de cada vez, indo mais além e alcançando o objectivo através da soma de todas as práticas.
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Obs:
Japamala¹ e Mala²: Mala é um colar de contas, Japa significa murmurar, é o som de um pronunciamento. Então, Mala é qualquer colar de contas, Japamala faz a distinção do uso desse colar para a recitação de mantras.
Sânscrito³: linguagem muito antiga usada pela humanidade e da qual se originam muitos dos idiomas actuais.
Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/zantina
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